O secretário-executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), Daniel Seidel, participou nesta terça-feira (27/5), no dia em que se celebra a Mata Atlântica, da Audiência Pública 10 anos da Encíclica Laudato Si’. O evento aconteceu no Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), e celebrou o documento produzido pelo Papa Francisco e publicado em maio de 2015.
Em sua fala, o secretário falou sobre os impactos das mudanças climáticas, COP30 e Acordo de Escazu, os projetos de desenvolvimento predatório na Amazônia.
“Não à implementação dos projetos monstros na Amazônia: Belo Sun, Ferrogrão, Hidrovia Araguaia-Tocantins, exploração do petróleo na Margem Equatorial, hidroelétrica do Bem Querer, em Roraima. Sim, a preservação das florestas em pé e a recomposição da cobertura vegetal com plantio de árvores nativas”, defendeu Daniel Seidel.
Também participaram da solenidade a pastora luterana Márcia Romi Bencke, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), e o padre Miguel de Oliveira Martins Filho, do Centro Cultural de Brasília (CCB).
A audiência foi requerida pelo deputado federal padre João e organizada pela Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados.
A Laudato Si’
Lançada em 24 de maio de 2015, às vésperas da assinatura do Acordo de Paris e da COP 21, a Laudato Si’ se tornou um marco do pontificado do Papa Francisco. Sua abordagem inovadora, que integra fé, ciência, justiça social e ambiental, influenciou decisivamente os debates globais sobre a crise ecológica. A celebração de seus dez anos, especialmente em um momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP 30, em Belém (PA), reafirma o papel da Igreja na promoção de uma ecologia integral e de uma consciência planetária voltada ao cuidado da Casa Comum.