Por Ir Helena Corazza
Muito se fala, na Igreja, sobre influenciadores e missionários digitais — pessoas com grande exposição nas redes sociais que buscam influenciar na vivência da fé cristã e católica. O Observatório da Comunicação Religiosa traz esta reflexão porque sabemos que o motivo central da presença da Igreja na mídia é evangelizar, para que Jesus Cristo seja conhecido, amado e acolhido por todos.
A internet rompe fronteiras e torna cada postagem visível no mundo inteiro. O Papa Bento XVI, em cinco de suas oito mensagens para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, destacou a importância de evangelizar e povoar o continente digital. Desde então, a presença da Igreja no ambiente online cresceu, exigindo novas linguagens, culturas e métodos. Hoje, comunicar no digital significa usar recursos visuais e concretos que gerem experiências positivas e despertem o desejo de viver a fé em comunidade.
O missionário digital não promove a si mesmo, mas aponta para Cristo. Ele não mede seu valor pelas métricas das redes, nem se apresenta como produto para fortalecer marcas pessoais. Sua missão é testemunhar o Reino de Deus e convidar seus seguidores a participarem da vida comunitária.
Evangelizar no digital também significa transformar a mídia em espaço de comunhão. É criar oportunidades para que as pessoas reconheçam a presença de Deus em suas vidas e se integrem à comunidade, assumindo o compromisso cristão. Como afirmou Paolo Ruffini, prefeito do Dicastério para a Comunicação do Vaticano:
“Nunca transformar a comunidade em público e o público em mercadoria, acabando por nos tornarmos nós próprios mercadoria. Nossa fé não é individualista e muito menos consumista, mas comunitária.”
Para cumprir essa missão, o influenciador católico precisa cultivar uma espiritualidade profunda e manter um processo contínuo de conversão, que o leve ao compromisso com os mais necessitados. Que o Espírito Santo inspire e ilumine cada missionário digital em sua caminhada.
Assista: